Gonet estabelece o combate ao crime organizado como meta para o CNMP - Foto: Sergio Almeida/CNMP |
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) iniciou os trabalhos de 2024 com a primeira Sessão Ordinária do ano, presidida por Paulo Gonet, que assumiu o cargo de procurador-Geral da República em dezembro de 2023. Além de julgar os processos da pauta, a sessão marcou a posse de seis conselheiros para o biênio 2024-2026.
Durante o discurso de abertura, Gonet enfatizou que o CNMP deve direcionar seus esforços para garantir os direitos fundamentais da sociedade nos próximos dois anos. Ele destacou a necessidade de combater o crime organizado, que ameaça a segurança e a liberdade dos cidadãos.
"Formas de poder oriundas do crime não podem mais desafiar nosso modo de vida livre e seguro", afirmou Gonet, ressaltando a importância de enfrentar atividades criminosas como tráfico de drogas, armas, seres humanos e outros delitos que prejudicam a sociedade.
Gonet salientou que o crime organizado transcende fronteiras e influencia até mesmo cargos públicos, exigindo uma resposta conjunta de todos os setores do Estado. Ele enfatizou a importância da cooperação entre o Ministério Público e órgãos como o Ministério da Justiça, Polícia Federal e Judiciário.
O procurador-Geral reconheceu que a repressão estatal não é suficiente para erradicar as organizações criminosas e defendeu a implementação de políticas públicas voltadas para a proteção de crianças e adolescentes, frequentemente cooptados pelo crime organizado.
Assim, Gonet estabeleceu como meta primordial do CNMP enfrentar o crime organizado com determinação, protegendo as famílias e os jovens em todas as frentes possíveis de atuação do Ministério Público.