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Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF |
Nesta segunda-feira (8), o presidente Lula, do PT, promoveu uma reunião crucial com o ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski. Especulações entre os aliados sugerem que Lewandowski pode ser a escolha para suceder Flávio Dino no Ministério da Justiça.
De acordo com fontes próximas a Lula, o presidente planeja anunciar o novo titular ainda nesta semana, sendo a expectativa que o sucessor de Dino seja revelado até esta terça-feira (9).
Lewandowski, que chegou a Brasília no domingo (7), participou de uma cerimônia em memória ao 8 de janeiro, data em que apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes há um ano.
O ex-ministro do STF sempre esteve entre os favoritos para o Ministério da Justiça, especialmente após a desistência de Lula em nomear uma mulher para a vaga. Apesar de resistências da sua família, que destaca o seu envolvimento na iniciativa privada, amigos afirmam que Lewandowski dificilmente recusaria um convite do presidente, com quem mantém uma amizade sólida.
Em dezembro, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, descartou o nome de Lewandowski para a função, indicando que o presidente ainda não havia decidido, mas já sabia quem não seria escolhido. Contudo, a afirmação fez com que surgisse uma aposta em Wellington, apoiado por Wagner, como o possível nome.
Aliados de Lula asseguram que o presidente reitera a importância de ter um nome de confiança à frente da Justiça. Destacam o perfil técnico e político de Lewandowski como qualidades ideais para a tarefa.
A sucessão do Ministério da Justiça tem sido uma questão delicada para o entorno do presidente desde a ponderação sobre o substituto de Rosa Weber no STF. Mesmo com desafios, Lula nomeou Flávio Dino para o STF em novembro.
O silêncio público de Lula sobre o assunto, tratando-o com discrição, intensificou a disputa após a aprovação de Dino no Congresso. O presidente, em sua live semanal, indicou que o ministro permaneceria à frente da pasta até a cerimônia desta segunda.
Outros nomes foram mencionados para liderar o ministério, como Ricardo Cappelli, Marco Aurélio de Carvalho e Wellington César Lima e Silva. O PSB, partido de Dino e do vice-presidente Geraldo Alckmin, busca manter influência na pasta, sugerindo até mesmo a criação do Ministério de Segurança Pública.
O coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, expressou apoio ao possível convite a Lewandowski, afirmando que o ex-ministro do STF possui todas as condições necessárias para assumir a função.
Com informações de Catiana Seabra e Mariana Holanda, da Folhapress